O programa Pesquisa em Pauta entrevista a professora Angela Wyse, neurocientista e vice-coordenadora do PPG Bioquímica da UFRGS
Angela Wyse recebe o prêmio Pesquisador Gaúcho 2018 FAPERGS,
"O Oscar da pesquisa"
Projeto leva conhecimento científico às escolas públicas do Rio Grande do Sul
Disseminar o conhecimento científico produzido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e incentivar crianças de escolas públicas a buscarem novos conhecimentos através da prática científica são os objetivos do projeto desenvolvido pela pesquisadora Angela Wyse, doutora em bioquímica, Professora Titular do Departamento de Bioquímica do Instituto de Ciências Básicas da Saúde da UFRGS e pesquisadora 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Como acadêmica interessada em educação, Angela Wyse desenvolve um projeto de difusão da ciência em uma escola pública de Porto Alegre para crianças do ensino Infantil, visando à popularização e o incentivo à ciência. Recentemente, criou uma disciplina no Programa de Pós-Graduação (PPG) em Bioquímica intitulada ¿Conectando o PPG Bioquímica da UFRGS ao ensino básico público¿ com o objetivo de estimular os pós-graduandos a desenvolver atividades teórica/práticas nas Escolas Públicas.
Segundo a pesquisadora, o que se busca é estimular a capacidade crítica, criativa e a interdisciplinaridade, bem como contribuir com uma melhor qualidade de vida ao falar, por exemplo, sobre a propriedade da água e o uso adequado dessa substância que é essencial à vida. "Através dessas oficinas, estamos estimulando o gosto pela ciência e pelo estudo, bem como o contato de nossos pós-graduandos com a sociedade", afirmou.
Como acadêmica interessada em educação, Angela Wyse desenvolve um projeto de difusão da ciência em uma escola pública de Porto Alegre para crianças do ensino Infantil, visando à popularização e o incentivo à ciência. Recentemente, criou uma disciplina no Programa de Pós-Graduação (PPG) em Bioquímica intitulada ¿Conectando o PPG Bioquímica da UFRGS ao ensino básico público¿ com o objetivo de estimular os pós-graduandos a desenvolver atividades teórica/práticas nas Escolas Públicas.
Segundo a pesquisadora, o que se busca é estimular a capacidade crítica, criativa e a interdisciplinaridade, bem como contribuir com uma melhor qualidade de vida ao falar, por exemplo, sobre a propriedade da água e o uso adequado dessa substância que é essencial à vida. "Através dessas oficinas, estamos estimulando o gosto pela ciência e pelo estudo, bem como o contato de nossos pós-graduandos com a sociedade", afirmou.
O projeto envolve bolsistas de iniciação científica e pós-graduandos de mestrado e doutorado. O grupo realiza quatro oficinas por semestre na escola, sempre priorizando os menores. A cada novo encontro, as crianças recebem um avental branco, luvas e um par de óculos de material sintético. Wyse diz que, aos poucos, elas aprendem que o trabalho em laboratório exige uma série de cuidados que são fundamentais para a experiência, tanto para evitar acidentes quanto para preservar os experimentos. "Nosso principal objetivo é tornar o ensino de Ciências e, por conseguinte, o estudo, mais prazeroso para as crianças".
No outro lado da atividade de extensão nas escolas, os alunos de pós-graduação, com pouca experiência didática e com terminologias científicas mais sofisticadas, precisam se adaptar e adequar a linguagem para haver a comunicação com as crianças. Para a pesquisadora, eles aprendem a tornar a ciência mais popular, simplificando a linguagem e, por conseguinte, se tornam mestres e doutores com maior comprometimento social.
No outro lado da atividade de extensão nas escolas, os alunos de pós-graduação, com pouca experiência didática e com terminologias científicas mais sofisticadas, precisam se adaptar e adequar a linguagem para haver a comunicação com as crianças. Para a pesquisadora, eles aprendem a tornar a ciência mais popular, simplificando a linguagem e, por conseguinte, se tornam mestres e doutores com maior comprometimento social.
Como a experiência na escola estava sendo muito interessante para as crianças e para os pós-graduandos do grupo de pesquisa, Wyse decidiu estender as atividades para todos os alunos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, onde é Coordenadora substituta. Criou uma disciplina no PPG denominada "Conectando o PPG de Bioquímica ao Ensino Básico: dos laboratórios à Escola", com o objetivo de disseminar o conhecimento científico a partir de experimentações e contato com alunos, pós-doutores e professores da pós-graduação da UFRGS (tutores). Além disso, a disciplina estimula os vínculos entre a pesquisa de instituições acadêmicas e a comunidade do Ensino Básico, envolvendo a participação dos alunos da PPG em Bioquímica, de outras PPGs da UFRGS e de outras Universidades em palestras, oficinas temáticas e/ou laboratórios itinerantes para os estudantes do Ensino Básico de Escolas Públicas. A disciplina tem caráter interdisciplinar e os grupos podem ser formados por alunos de diferentes PPGsda UFRGS ou de outras Universidades.
Angela Wyse acredita que essa disciplina desempenha um papel chave em divulgar o método científico nas escolas de ensino básico, "as quais vêm recebendo pouca atenção tanto na teoria como na prática, bem como aproxima o pós-graduando e o PPG à sociedade e à interdiciplinaridade". Salienta que todo pós-graduando de qualquer PPG pode se matricular e desenvolver as oficinas relacionando ao seu PPG, desde que um professor de sua área seja seu tutor, ou seja, ambos poderão fazer parte da disciplina, o que colabora com a interdisciplinaridade que é tão importante para todos os saberes.
Angela Wyse acredita que essa disciplina desempenha um papel chave em divulgar o método científico nas escolas de ensino básico, "as quais vêm recebendo pouca atenção tanto na teoria como na prática, bem como aproxima o pós-graduando e o PPG à sociedade e à interdiciplinaridade". Salienta que todo pós-graduando de qualquer PPG pode se matricular e desenvolver as oficinas relacionando ao seu PPG, desde que um professor de sua área seja seu tutor, ou seja, ambos poderão fazer parte da disciplina, o que colabora com a interdisciplinaridade que é tão importante para todos os saberes.
O Setor de Patrimônio Histórico da UFRGS convidou Dóris, Jane, Ângela e Ximena para nos contar um pouco de suas trajetórias em homenagem ao dia da mulher.
Universidade do Futuro
Presidente da ADUFRGS-Sindical recebe homenagem
durante a última palestra de 2016
A presidente da ADUFRGS-Sindical, Maria Luiza Ambros von Holleben, recebeu nesta quinta-feira (18/08) homenagem do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados (ILEA/UFRGS) pela parceria do Sindicato com a instituição, que permitiu a realização do Ciclo de Debates Universidade do Futuro desde 2013. "Essa parceria foi fundamental para o ILEA nesse trabalho que estamos fazendo há três anos, sobretudo na divulgação", disse o diretor do ILEA, José Vicente Tavares dos Santos.
Nos últimos quatro anos, inúmeros temas pertinentes no cotidiano universitário foram trazidos para debate com o envolvimento de personalidades de todo o Brasil e de outros países, o que resultou em livro que será lançado na Feira do Livro de Porto Alegre, em outubro, com o apoio da ADUFRGS-Sindical. Também participou do evento o presidente eleito para a gestão 2016/2019, Paulo Machado Mors.
Maria Luiza Ambros von Holleben abriu o debate dizendo que o Sindicato tem uma enorme satisfação na parceria com o ILEA e contou que a ideia surgiu a partir de uma conversa informal com o diretor do ILEA, professor José Vicente Tavares dos Santos, sobre o que é a autonomia da Universidade, os limites, as responsabilidades e as competências.
Logo em seguida, as professoras Ângela Wyse, do ICBS/UFRGS, e Sandra de Deus, pró-reitora de Extensão da UFRGS, falaram sobre a importância da Extensão para o desenvolvimento da Universidade Pública. A palestra, que reuniu estudantes, professores e técnico-administrativos, encerrou o Ciclo Universidade do Futuro em 2016.
Ângela Wyse contou um pouco do projeto que coordena junto a escolas públicas de Porto Alegre, que visa levar o conhecimento da Biologia de uma forma lúdica e prazerosa. A partir do desenho de uma molécula de DNA feito com balas de goma, Ângela e os bolsistas de pós-graduação explicam aos estudantes de 4º ano no Ensino Fundamental porque cada pessoa é única, trazendo características do pai e da mãe. "Com isso, estamos trabalhando as diferenças e ensinando a importância de respeitar o outro", observou.
O projeto acabou gerando uma disciplina chamada "Conectando o PPG da Bioquímica ao Ensino Básico: dos laboratórios à escola", aberta a todos os pró-graduandos da UFRGS e tutores. Segundo a professora, alunos de vários cursos da área da saúde têm procurado a disciplina e, de acordo com o curso de graduação que fizeram, eles desenvolvem uma oficina. Por exemplo, os que vêm da Odontologia, aproveitam a questão da bala de goma para trabalhar escovação e hábitos alimentares. "Muitos querem repetir a disciplina só pelo prazer de participar", disse.
Sandra de Deus traçou um breve histórico da Universidade, ressaltando a importância que a Extensão já teve no passado e atentando para o fato de se retomar urgente essa essência, sob pena da universidade pública acabar. Para a pró-reitora de Extensão da UFRGS é fundamental que não se confunda Extensão com uma intervenção na comunidade. "Em um verdadeiro Projeto de Extensão, se ensina e se aprende", ressaltou.
Ela lembrou que a UFRGS é uma das poucas universidades do Brasil que possui uma política de Extensão e que nos últimos anos recebeu recursos generosos do Governo Federal para aplicar nesse setor. Como desafios, a professora elencou o aperfeiçoamento do ensino multidisciplinar e o aluno ter uma formação conectada com a sociedade. "Quando a relação com a sociedade se rompe, estamos acabando com a Universidade Pública", disse.
Após as palestras, as professoras Ângela Wyse e Sandra de Deus responderam a várias questões levantadas pelo público relacionadas a dificuldades em se efetivar projetos de Extensão na área de exatas; participação de bibliotecas na Extensão; e inclusão dos alunos de graduação na disciplina do PPG da Bioquímica.
A presidente da ADUFRGS-Sindical abordou a valoração das atividades de Extensão em concursos e bancas de avaliação. "É fundamental que se reconheça que a Extensão é tão importante quanto o Ensino e a Pesquisa", ressaltou Maria Luiza.
Ao final da palestra, o diretor do ILEA ofereceu um mimo à presidente do Sindicato, que nesta sexta-feira (19/08) passará o comando da ADUFRGS-Sindical ao presidente eleito, Paulo Machado Mors.
Palavras-Chaves: Universidade do Futuro. Extensão. ILEA. Sandra de Deus. Ângela Wyse.
A professora Angela Wyse na Academia Brasileira de Ciências
Os membros titulares da ABC são cientistas com destacada atuação científica.
Programa Meu Lugar da UFRGS TV homenageia a professora do Departamento de Bioquímica da UFRGS |
Conferência no Instituto Latino Americano de Estudos Avançados sobre interdisciplinaridade e difusão da ciência |